Pressionadas por parentes das vítimas do A320, vôo 3054 da TAM, que explodiu em 17 de julho de 2007, a polícia e a promotoria não descartam indiciar os supostos responsáveis pela tragédia por dolo eventual, o que levaria o caso a júri popular. "Precisamos de uma punição exemplar para que um acidente como esse não volte a acontecer", disse o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ 3054 (Afavitam), Dario Scott.
Ontem, os parentes das vítimas da TAM se reuniram com autoridades responsáveis pelas investigações. O assunto principal foi como indiciar os acusados. Por ora, as sete pessoas responsáveis pelo acidente - cujos nomes estão sob sigilo - deverão ser indiciadas por homicídio culposo (sem intenção), por terem atuado com imprudência e negligência. A pena varia de 1 a 4 anos de detenção, mas normalmente acaba sendo transformada pelos juízes em doações ou trabalho comunitário.As famílias insistem na possibilidade de dolo eventual, que ocorre quando a pessoa assume o risco de que uma ação possa produzir uma tragédia. O delegado Antonio Carlos Menezes Barbosa, responsável pelo inquérito policial, e o promotor do caso, Mário Luiz Sarrubbo, que participaram da reunião, explicaram que ainda não têm "elementos suficientes" para incriminar os culpados por dolo eventual. "Mas a tipificação do crime ainda não está concluída. A investigação ainda está em aberto", disse o delegado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário